“Doutora, só estou cobrando resultado… e hoje em dia todo mundo se fala por WhatsApp, não é?”
Sim, é verdade. Mas a linha entre cobrança e assédio moral organizacional está cada vez mais fina — e as empresas estão pagando caro por cruzá-la.
Em 2025, as ações trabalhistas envolvendo metas abusivas e excesso de cobranças digitais (por WhatsApp, e-mail ou aplicativos internos) têm crescido significativamente. E o pior: basta uma rotina mal gerida para gerar passivo, mesmo que você acredite estar só “motivando a equipe”.
O que configura meta abusiva ou cobrança ilegal?
- Metas inatingíveis ou desproporcionais à realidade da função;
- Ameaças veladas ou constrangimentos em caso de não cumprimento;
- Mensagens fora do expediente cobrando produtividade ou entregas urgentes;
- Pressão constante por resultados com exposição pública de falhas (ex: rankings de “piores vendedores” no grupo da equipe);
- Assédio coletivo: quando a gestão usa o medo da demissão ou a competitividade tóxica como forma de controle.
Qual o problema de cobrar por WhatsApp?
O WhatsApp, por si só, não é o problema. O risco está no uso indevido, como:
- Cobranças em finais de semana, feriados ou fora do horário contratual;
- Ordens informais sem registro nos canais oficiais da empresa;
- Tom ríspido, repetitivo e pressionador que demonstra violação ao direito à desconexão.
O TST já reconheceu que mensagens excessivas, fora do horário e com tom abusivo configuram dano moral indenizável.
Breve parecer da Dra. Melissa Noronha
“Muitos empresários confundem liderança com pressão. Estabelecer metas é necessário, mas elas devem ser realistas, mensuráveis e respeitar a jornada contratual. O uso excessivo de WhatsApp para cobranças cria provas materiais que frequentemente são usadas contra a empresa. Sem uma política clara e gestão treinada, a chance de passivo trabalhista é real e crescente.”
Como o Noronha e Nogueira pode ajudar:
- Elaboração de políticas internas sobre metas, uso de canais digitais e gestão da jornada;
- Treinamentos para líderes e gestores sobre comunicação legal e limites da cobrança;
- Revisão de metas e planos de desempenho para adequação legal e prevenção de ações;
- Criação de protocolo de uso de WhatsApp e orientações de compliance trabalhista digital;
- Defesa jurídica em ações de assédio moral e dano moral por cobrança excessiva.
O que parece apenas “um jeito moderno de cobrar” pode se transformar em um processo por assédio, com indenizações que ultrapassam os R$ 20 mil por colaborador.
Agende uma reunião com o Noronha e Nogueira Advogados para proteger sua empresa com orientações práticas e jurídicas sobre como cobrar resultados com segurança, legalidade e respeito à saúde mental da equipe.
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