Começo esse artigo com uma frase clichê, mas verdadeira:
“Quando nasce um filho, nasce também uma mãe”
Ainda que você tenha feito um curso para gestantes, no qual aprende os cuidados básicos que se deve ter com um recém-nascido, a verdade é que curso nenhum te ensinar a ser MÃE!
Por isso, não são raros os relatos das novatas mamães que sentiram um desconforto, se não dizer, certo “desespero” ao receberem alta da maternidade. Neste instante “cai a ficha” e você se pergunta: o que vou fazer em casa com esse bebê??!!!!
Você teve um lindo bebê, só tem motivos para agradecer, mas não é bem assim que se sente e para piorar mais a situação, você se vê tomada pelo sentimento da culpa, por infinitas dúvidas e pelo temor decorrente daquele senso de responsabilidade de ter de cuidar e educar pelo resto de sua vida aquele ser totalmente dependente de você!
Não bastasse, começam a surgir outros desafios como fazer diferentes escolhas e se adaptar a novas situações, que irão lhe obrigar a sair da zona de conforto e buscar autoconhecimento.
E a vida profissional? O que fazer? Abandonar sua carreira, seu emprego ou seu negócio para se dedicar exclusivamente àquele ser humano a quem você deu à luz?
A resposta só você tem. Está dentro de si mesma, em seu coração.
Mas se um conselho serve: SIGA SEU CORAÇÃO, SIGA SUA INTUIÇÃO!
Não se julgue, pois NÃO HÁ CERTO OU ERRADO!
Há mulheres que quando se tornam mães se sentem realizadas ao abandonar suas carreiras para se dedicar à maternidade e está tudo bem.
Outras, se sentem extremamente infelizes ao abrir mão de sua profissão para se tornarem “exclusivamente mães”.
E há, ainda, aquelas que optam por interromper a sua carreira profissional por um tempo até notar que é o momento certo de retornar à ativa.
Quando me tornei mãe do meu primeiro filho, hoje com 6 anos, pensei em parar de advogar, mas quando me dei conta de que aquele bebê um dia iria crescer e se tornar um adulto que sequer lembraria que eu “abri mão” da minha profissão para cuidar dele, optei por fazer outra escolha.
Sendo possível para mim, decidi levá-lo comigo para o trabalho nos seus primeiros meses de vida.
Não foi fácil. Ao contrário, foi sofrido conciliar maternidade e profissão. Críticas? Foram muitas. Mas segui em frente e passou.
Foi assim que optei por continuar advogando mesmo depois de ter me tornado mãe e não me arrependo pela escolha que fiz.
Para mim, fez sentido a maternidade e minha carreira caminharem juntas!
Cada mulher é única, cada mãe e cada criança é singular e por isso, cada uma de nós, deve fazer sua própria escolha.
Contudo, a escolha certa – para você – deve ser aquela que te faça feliz, que, na medida do possível, deixe-a em paz consigo mesma e que lhe permita ser realizada como mulher, mãe e, por que não, como profissional, seja você autônoma, empregada ou empresária!
Tudo passa, é apenas uma fase! Faça sua escolha e siga em frente!!
Uma dica importante: com a Reforma Trabalhista, surgiram novos tipos de contrato de trabalho, possibilitando às mamães, a flexibilização de diferentes experiências profissionais, como trabalhar home office, por job, por hora.
Só você é capaz de encontrar o equilíbrio entre sua carreira e o momento da maternidade, como sempre sonhou!