Muito se tem falado sobre o Metaverso.
Você sabe o que significa e qual é o impacto do Metaverso no ambiente de trabalho?
Nesse artigo vamos discorrer de forma sucinta sobre esse conceito e explicar como o RH pode ser impactado por essa nova tecnologia.
Em linhas gerais, Metaverso é um ambiente digital que funciona como um universo paralelo, possibilitando criar relações, se comunicar e construir uma realidade virtual.
O que no início da década de 1990 era apenas ficção científica, hoje se tornou uma oportunidade de negócio.
Os avanços da tecnologia e a internet 5G são alguns dos fatores que fizeram com que esse universo digital se tornasse possível.
O Metaverso pode ser considerado uma espécie de evolução da internet. Possibilita um lugar sem barreiras geográficas ou físicas, onde todos podem se conectar, interagir e viver uma experiência muito próxima da realidade.
Para o mundo corporativo, o Metaverso pode ser uma oportunidade para expandir os negócios e as relações de trabalho.
Algumas das características dessa tecnologia são: realidade aumentada, experiências sensoriais e criação de avatares.
A pandemia do coronavírus nos obrigou a aprender e nos adaptar a uma nova realidade e com tamanha rapidez. E com a popularização do home office e a rápida adaptação a esse modelo de trabalho, é possível que no futuro se utilize a realidade aumentada para garantir mais interação e conexão entre os colaboradores de uma empresa, mesmo à distância.
Se atentando a esse movimento crescente e apostando no futuro desse universo, que o Facebook, agora Meta, tem essa como uma das suas principais verticais de negócio.
O setor de Recursos Humanos é uma das áreas que não ficará para trás nessa transformação digital, na medida em que, cada vez mais é possível utilizar as novas tecnologias para aprimorar e revolucionar a gestão de pessoas.
A rapidez no desenvolvimento de novas tecnologias e formas de comunicação e interação traz oportunidades para as empresas, a exemplo de repensar seu modelo de trabalho, quando notamos que algumas empresas passaram a adotar 100% o home office, proporcionar novas experiências de consumo e atendimento aos clientes.
Ainda que os altos custos em equipamentos possam parecer uma barreira, investir em tecnologia de ponta, inteligência artificial e experiências de realidade aumentada é garantir a entrada da empresa nessa nova era.
Além disso, apostar nessa tecnologia, sem dúvida, é uma forma de a empresa se destacar no mercado, na medida em que apenas valores competitivos e um bom posicionamento de marca, atualmente, não garantem mais a liderança no segmento.
Em contrapartida aos avanços tecnológicos, o comportamento do consumidor também vem se modificando, haja vista que o usuário cada vez mais está mais criterioso e exigente ao decidir consumir um produto ou serviço.
Com isso, a experiência do cliente se tornou a principal porta de entrada para a boa reputação da marca, razão pela qual as empresas estão criando seus setores de inovação, buscando investir em maneiras inteligentes, eficazes e dinâmicas de interação com o público.
Assim como as reuniões online e o trabalho remoto foram mudanças que impactaram o mercado, as novas tecnologias também estão mexendo com o mundo corporativo.
Antes da pandemia de covid-19, pensar no modelo de trabalho à distância era muito caro para as empresas. Muitas empresas acreditavam que as relações presenciais faziam diferença na produtividade e na entrega dos colaboradores.
Entretanto, sem termos tempo para refletir, a pandemia nos obrigou a mudar, a implantar o home office e vivenciarmos uma verdadeira revolução nas relações de trabalho.
Nessa adaptação, a tecnologia foi essencial. Não fossem os recursos tecnológicos disponíveis, impossível seria fazer reuniões de equipe, com clientes, fornecedores, ou para o simples gerenciamento de tarefas. Sem a possibilidade de estar presente em um escritório, softwares e aplicativos se tornaram uma extensão das empresas, trazendo soluções a uma realidade que não esperávamos experimentar a curto prazo.
Nos processos de recrutamento e seleção não será diferente, sendo possível fazer uso da inteligência artificial para processos, assim como, utilização de softwares para automatização de processos e atividades.
Diante desse contexto, o que se espera com o Metaverso é mais uma revolução nas relações de trabalho.
Já imaginou poder trabalhar de qualquer lugar e, ao mesmo tempo, estar presente no escritório virtual da sua empresa interagindo com outros colegas de trabalho? Muito louco, não é mesmo?!
Essa é uma realidade que a nova tecnologia pode proporcionar. Se as empresas souberem se adaptar e aproveitar as oportunidades que essa realidade virtual oferece, será possível potencializar os vínculos e as conexões no ambiente de trabalho.
Contudo, não podemos negar que a adaptação e o alto custo no investimento em equipamentos são grandes desafios para o futuro.
Principalmente, porque sua principal ferramenta, que seria os óculos de realidade virtual, ainda não é acessível para a população em geral, o que, dificulta a implementação dessa tecnologia nas empresas.
Para adotarem essa inovação tecnológica, as empresas precisarão criar um planejamento a longo prazo, treinar e capacitar os colaboradores nessa realidade digital.
Para quem almeja trabalhar com o metaverso, necessário ainda inserir uma cultura do trabalho remoto e ferramentas cada vez mais inovadoras na empresa, sendo um processo de adaptação que certamente levará tempo assim como o aprimoramento das relações à distância.
Ainda que a nova tecnologia crie uma realidade virtual próxima à presencial, muitos ainda são os desafios de comunicação que precisam ser superados tanto pela própria tecnologia do metaverso quanto pelas empresas que pretendem viver essa realidade.
Diante de tudo isso, é preciso olhar para como o RH pode aproveitar as oportunidades com essa nova aposta revolucionária da internet.
Apesar dos desafios que existem, é possível criar alternativas para as empresas se prepararem para um futuro no qual essa nova tecnologia será uma possibilidade acessível.
Investir em inovação e tecnologia digital no RH são algumas delas. As planilhas, cálculos e processos burocráticos do departamento pessoal são exemplos de automatização para colocar no plano de ação para se adaptar no mundo virtual que está próximo.
O RH poderá se valer de algumas melhorias no ambiente digital como seleção e recrutamento on line, criar conexões entre os times, processos de comunicação interna, cultura de feedback ertc.
Assim como a sociedade vem se transformando com a evolução digital, o RH não fica para trás nesse processo. Inclusive, esse é um dos setores que mais tem se adaptado a essa nova realidade do mundo online.
A necessidade do home office fez com que os colaboradores do RH precisassem encontrar novos meios de gestão de pessoas. Assim, o setor evoluiu e incorporou a tecnologia como uma aliada de suas rotinas.
Nessa realidade, o RH passou a se dedicar à potencialização das relações de trabalho de modo virtual. Desse modo, a preocupação com o bem-estar do colaborador tornou-se uma motivação para buscar cada vez mais inovação para o RH.
Contudo, é preciso cautela para que o RH não perca a humanização. É preciso aproveitar as oportunidades para criar ambientes virtuais de trocas e conexões, que prezam pela segurança emocional dos colaboradores.
Desse modo, o que se pode esperar é, de fato, um RH 5.0 no Metaverso. Mais humanizado, ágil, eficiente e que seja capaz de potencializar as relações presenciais em um ambiente virtual.
Parece desafiador, não é mesmo? Qual a sua opinião sobre esse assunto?
O escritório Noronha e Nogueira Advogados é especialista em trabalhista empresarial, prestando assessoria empresarial trabalhista com conhecimento jurídico especializado e foco em resultados.
Clique aqui e fale conosco agora mesmo.
Melissa Noronha Marques de Souza é sócia no escritório Noronha e Nogueira Advogados.
Pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Mackenzie e em Coaching Jurídico pela Faculdade Unyleya
Com formação em Professional & Self Coaching, Business and Executive Coaching e Analista Comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC.
É membro efetivo da Comissão de Coaching Jurídico da OAB/SP.