Há algum tempo falamos a respeito da síndrome de bournout e de como ela afeta os empregados de uma empresa.
No último artigo, falamos a respeito da síndrome de boreout, que resulta no efeito contrário a síndrome de bournout.
Mas, e a síndrome de brownout? Você já ouviu falar?
Neste artigo, vamos relembrar bournout e boreout e entender como a brownout atua entre os colaboradores da sua empresa!
Antes de mais nada, importante lembrar que para cada sintoma de cansaço tem uma síndrome específica.
A síndrome de burnout é um distúrbio emocional decorrente de uma rotina de trabalho muito desgastante, também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional.
Já a síndrome de boreout é provocada por uma certa apatia ou tédio ao trabalho, levando o colaborador a precisar de motivação para realizá-lo.
No caso da síndrome de brownout, temos a seguinte situação: o trabalho realizado não faz mais sentido para o empregado naquele momento.
Assim, da mesma forma, que o burnout e boreout, a síndrome de brownout define um funcionário que tem problemas no seu trabalho.
Toda empresa que tem bons resultados, tem funcionários-estrelas. Mas, de acordo com uma pesquisa realizada pelo The Corporate Executive Board Company, um terço destes empregados se sentem desengajados da empresa e buscam uma nova oportunidade no mercado de trabalho.
Importante dizer que esse desengajamento não ocorre de um dia para outro, acontece aos poucos.
De acordo com o clínico-geral francês François Baumman, 40% dos trabalhadores no mundo, não veem mais sentido no que fazem.
Segundo ele, o brownout é uma espécie de desconexão da realidade, uma perda de interesse, uma tomada de consciência do absurdo das tarefas que são realizadas. É um conceito novo, mas que resulta do burnout e do boreout. São estados depressivos, mas com aspectos diferentes, que no momento do diagnóstico conseguimos distinguir.
Para tratar desta síndrome, é necessário que o empregado volte a dar sentido àquilo que se faz.
Neste momento entra a conscientização de que o trabalho não corresponde mais às suas expectativas e neste caso, tentar mudar de emprego.
Outra opção é buscar uma nova motivação depois de uma interrupção. Em geral é necessário parar um pouco, manter distanciamento, na medida do possível.
Cada empresa tem a sua cultura e nem todas são flexíveis e inovadoras. Entretanto, líderes e gestores podem propor novos desafios, a fim de devolver o ânimo e aproveitar o empregado competente que aquela pessoa sempre foi.
Conclusão
Perder totalmente a motivação ou não ver sentido no trabalho realizado são os principais sintomas da síndrome de brownout.
O indivíduo que não consegue perceber o impacto que o seu trabalho causa na sociedade e que se sente inútil pode estar sofrendo dessa síndrome, perdendo completamente o interesse por atividades que antes traziam realização e satisfação.
Independentemente da síndrome, procure ajuda quando necessário e não ignore os sintomas por menores que eles sejam.
Você também pode se interessar por:
Como o reconhecimento do colaborador pode influenciar no desenvolvimento da empresa?
A Meta Smarter – Ferramenta de Business Coaching
Síndrome de Burnout e os impactos na Relação de Emprego
Melissa Noronha Marques de Souza é sócia no escritório Noronha e Nogueira Advogados.
Pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Mackenzie e em Coaching Jurídico pela Faculdade Unyleya
Com formação em Professional & Self Coaching, Business and Executive Coaching e Analista Comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC.
É membro efetivo da Comissão de Coaching Jurídico da OAB/SP.