De todo mal convém extrair um bem ou aprendizado. Com a pandemia do coronavírus não foi diferente. Devido a pandemia fomos obrigados a mudar a forma de nos relacionar com as outras pessoas e de trabalhar.
Não fossem as facilidades da internet, com certeza, os desafios e dificuldades seriam bem maiores. Graças a internet e a digitalização foi possível nos aproximar uns dos outros, ainda que virtualmente, quando é tão importante o distanciamento físico entre as pessoas.
Por outro lado, a quarentena aumentou o número de ações dos cibercriminosos a patamares nunca vivenciados e fez com que a segurança da informação e privacidade de dados se tornasse um dos assuntos mais críticos e relevantes para todos, especialmente para as empresas.
Esse ano de 2020 ainda foi marcado pela entrada em vigor da LGPD, obrigando as empresas a aprenderem a gerenciar e proteger os dados pessoais que são tratados na organização, a fim de evitar sofrerem ações judiciais, reclamações, multas e penalidades significativas e especialmente garantir maior transparência em seus controles como fator crucial para sua reputação.
Todavia, muitas são as empresas que ainda não iniciaram a adequação às regras da LGPD e não vêm dando a devida atenção aos dados pessoais dentro das organizações, em que possíveis falhas humanas é a principal vulnerabilidade para eventuais ataques, deixando-as passíveis de terem sua reputação abaladas, virem a sofrer condenações judiciais e multas milionárias previstas na LGPD.
O aumento do número de ataques cibernéticos durante a pandemia com uso de artifícios para enganar as vítimas, mostrou a necessidade de as empresas treinarem seus colaboradores quanto à importância da proteção e privacidade das informações.
As empresas devem ajudar seus colaboradores a obterem conhecimentos necessários sobre proteção de dados e investir em profissionais capacitados para desenvolver um programa de conscientização contínuo, modificando a cultura organizacional, para garantir o amadurecimento de um programa que garanta que todos os agentes da empresa sejam capazes de evitar vazamentos.
O aumento do trabalho remoto e os requisitos impostos pela LGPD tornou de fundamental importância que as empresas invistam em proporcionar treinamentos adequados aos seus colaboradores.
A principal vantagem é minimização dos riscos de incidentes. Também podemos citar outras vantagens, a exemplo: garantir maior segurança e proteção dos dados pessoais; evitar ou minimizar ameaças à segurança da informação; evitar o uso inadequado do e-mail profissional e grupos de trabalho em aplicativos de mensagens instantâneas; evitar visitas a sites maliciosos e o compartilhamento indevido em redes sociais.
Com a vigência da LGPD as empresas assumem a responsabilidade que vai muito além do que é simplesmente exigido pela lei, desenvolvendo uma cultura que envolve ensinar às pessoas porque devem se preocupar com a proteção da privacidade e as implicações concretas que as violações podem ter aos titulares, colaboradores e à própria organização.
Poucas são as empresas que possuem um projeto de conscientização com a finalidade de desenvolver uma cultura de consciência sobre a importância dos dados pessoais e de capacitar seus colaboradores de como devem trabalhar em conformidade com a LGPD.
Diante disso, de suma importância fazer treinamentos para criar uma cultura em relação ao uso de dados pessoais nas empresas, em que as pessoas entendam o valor comercial dessas informações e aprender quais são as consequências de não lidar com os dados pessoais adequadamente.
O aumento do número de ataques, a pandemia, as exigências regulatórias, a vigência da LGPD e as expectativas dos consumidores e titulares em relação a proteção de dados exigem das empresas pessoal capacitado e preparados para garantir a excelência em privacidade e segurança cibernética.
Portanto, nunca foram tão necessários treinamentos e um programa de consciência para enfrentar estes desafios a serem enfrentados pelos empregados das empresas para que recebam conhecimentos apropriados para proteger os dados que lhe forem confiados.
Permanecer com colaboradores despreparados para lidar com o adequado tratamento dos dados pessoais e com a evolução das ameaças da realidade atual coloca a empresa em posição extremamente vulnerável.
Portanto, treinar os colaboradores para estarem preparados e capacitados para enfrentar os riscos inerentes da tecnologia e possam entender as vulnerabilidades e ameaças cibernéticas em potencial, é uma valiosa estratégia de negócio para se criar vantagem competitiva e, como consequência, prevenir ataques e outros prejuízos que a falta de adequação à LGPD pode ocasionar.
Lembrando que a proteção dos dados pessoais não deve se restringir à esfera digital, mas também abarcar os dados pessoais tratados de maneira física, a exemplo, de arquivos e formulários em papel impressos.
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Melissa Noronha M. de Souza Calabró é sócia no escritório Noronha e Nogueira Advogados.
Pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Coaching Jurídico, com formação em Professional & Self Coaching pelo IBC.
É membro efetivo da Comissão de Coaching Jurídico da OAB/SP.
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